Testemunho por Vitória, de São Paulo-SP
Estava voltando da faculdade um dia e vi um rapaz na fila do ônibus, e no mesmo momento eu senti uma vontade absurda de conversar com ele. Era um momento da minha vida em que eu vinha me aproximando mais de Deus e da missão de anunciar o Evangelho, então eu desconfiava de onde vinha essa vontade. Mas eu não tinha a menor ideia de como, pois não queria abordá-lo aleatoriamente.
Quando eu entrei no ônibus, um dos poucos lugares disponíveis era ao lado dele, então foi lá que eu sentei. A cada segundo, eu sentia meu coração mais aflito e desesperado para fazer alguma coisa, mas uma parte de mim, ainda insegura, tinha medo disso ser só uma sensação, um sentimento que eu tinha só porque queria que alguém se convertesse. Então eu orei.
Acabou sendo uma das orações mais sinceras da minha vida, que se constituiu basicamente em:
"Deus, eu não tenho ideia do que fazer. Se esse rolê aqui é seu, eu queria muito um sinal. E também alguma coisa para puxar assunto."
Na nossa frente tinha um cara lendo mangá. Era uma cena de luta, até onde eu enxerguei, e segundos depois de eu orar ele passou pra próxima página, era um desenho de página inteira, e nele um homem gritou para outro: "VAI. AGORA."
Então, eu fui. E a conversa fluiu bem. Eu elogiei o colar dele e comecei a puxar assunto sobre a vida. No fim da conversa eu saí correndo e anotei o Instagram dele errado (pois é!).
Por acaso (ou por Deus), nos encontramos na rede social muitos meses depois. Inicialmente, a conversa não fluiu tão bem, mas depois de um story sobre livros dele eu comentei sobre um programa de incentivo à leitura de um espaço cultural. Então, ele se interessou em participar de um grupo de convivência que participo (no qual compartilhamos a vida e temos a oportunidade de falar sobre o Evangelho) e que eu havia comentado com ele sobre. De novo, Deus simplesmente fazendo o trabalho e eu assistindo.
Ele amou conhecer o nosso grupo. Depois do segundo encontro ele passou a falar mais sobre Deus, já que ele já teve uma vivência com igreja. E, às vezes, conversávamos sobre amor, amadurecimento e felicidade, aprofundando questões sobre a vida e a fé.
No último mês, ele foi conhecer uma igreja de uma amiga da escola dele, e também demonstrou interesse em conhecer a nossa.
Deus me ensinou muito com ele e essa história. As coisas nunca foram, são ou serão pela minha força. É só falar dEle, demonstrar amor e interesse, e aí criar um relacionamento. Ele convence e faz a mudança. Eu já sou muito feliz por poder participar do processo.
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